VATICANO, 18 Out. 12 / 02:23 pm
(ACI/EWTN Noticias).- Hoje ao meio dia se realizou no Vaticano uma conferência
de imprensa com os presidentes delegados do Sínodo dos Bispos que está sendo
realizado até o dia 27 de outubro, na qual se informou sobre os trabalhos da
assembleia sinodal após a apresentação de ontem do "Relatório depois das discussões
gerais".
Na conferência estiveram: o
Cardeal John Tong Hon, bispo de Hong Kong (China); o Cardeal Francisco Robles
Ortega, Arcebispo de Guadalajara (México); o Cardeal Laurent Monsengwo Pasinya,
Arcebispo da Kinshasa (Congo) e Dom Ján Babjak, arcebispo Metropolita di Prešov
para os católicos de rito bizantino.
Os Bispos fizeram um balanço
desta primeira parte do Sínodo sobre a Nova evangelização e traçaram os
limites, o contexto e o material sobre o qual agora os padres sinodais, depois
das discussões gerais na Sala do Sínodo, dispõem-se a tratar e avaliar em
grupos linguísticos, nos chamados círculos menores onde será elaborado o rascunho
da mensagem final.
Ontem pela tarde, o Cardeal
Donald Wuerl, relator geral do Sínodo, assinalou que "a nova evangelização
não é um programa temporário, mas sim uma maneira de ver o futuro da Igreja e
de ver-nos a todos comprometidos na renovação da fé, porque o anúncio do
Evangelho é a missão primordial da Igreja".
Em presença do Papa Bento XVI, o
Arcebispo de Washington apresentou o "Relatório depois das discussões
gerais" que contém os temas mais importantes do Sínodo.
Ele disse que "hoje
especialmente, o ministério da Igreja se encontra em uma fase de revisão de sua
maneira de levar a Palavra de Deus em um contexto novo, globalizado, cheio de
desafios e onde há uma grande ignorância da fé, especialmente nos países de
antiga tradição cristã".
O relator geral destacou que na
prática o que se necessita é uma "renovação espiritual que a Igreja deve
proclamar e aplicar".
O Cardeal Wuerl recordou alguns
temas que foram tratados no Sínodo: o diálogo inter-religioso, especialmente
com o mundo muçulmano; a violência e a redução da liberdade religiosa; o
compromisso ecumênico e a Igreja nos meios de comunicação.
Continuando, indicou alguns
"instrumentos" válidos para um novo anúncio do Evangelho: as
paróquias, as pequenas comunidades, as escolas, as universidades, as peregrinações
e os catequistas.
"Mas é principalmente o
matrimônio, a família, a Igreja doméstica, a instituição que consegue
transmitir a fé nas situações mais difíceis, formar à pessoa humana, que hoje
tem necessidade de apoio em um mundo secularizado".
O Arcebispo dedicou um amplo
espaço aos sacerdotes e consagrados insubstituíveis para a nova evangelização
em uma época onde as vocações são escassas; e recordou igualmente a necessidade
de integrar os leigos a todos os níveis na organização da igreja local, já que
todos os católicos devem convocar às pessoas à prática da fé.
Conforme assinala a Rádio
Vaticano, o relatório do Cardeal Wuerl contém 14 perguntas, às que terão que
responder os Padres sinodais, preparando assim o terreno para a elaboração dos
documentos finais.
"Agora que a Igreja é
consciente de suas dificuldades, tensões, preocupações, pecados e sua
debilidade humana, é hora de olhar um novo Pentecostes, para viver a Palavra de
Deus e compartilhá-la com alegria", concluiu.
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