Antífona da entrada: Francisco de Assis, homem de Deus, deixou
sua casa e sua herança e se fez pobre e desvalido. O Senhor, porém, o acolheu
com amor.
Filho de comerciantes, Francisco
Bernardone nasceu em Assis, na Umbria, em 1182. Nasceu em berço de ouro, pois a
família tinha posses suficientes para que levasse uma vida sem preocupações.
Não seguiu a profissão do pai, embora este o desejasse. Alegre, jovial,
simpático, era mais chegado às festas, ostentando um ar de príncipe que
encantava.
Mas mesmo dado às frivolidades
dos eventos sociais, manteve em toda a juventude profunda solidariedade com os
pobres. Proclamava jamais negar uma esmola, chegando a dar o próprio manto a um
pedinte por não ter dinheiro no momento. Jamais se desviou da educação cristã
que recebeu da mãe, mantendo-se casto.
Francisco logo percebeu não ser
aquela a vida que almejava. Chegou a lutar numa guerra, mas o coração o chamava
à religião. Um dia, despojou-se de todos os bens, até das roupas que usava no
momento, entregando-as ao pai revoltado. Passou a dedicar-se aos doentes e aos
pobres. Tinha vinte e cinco anos e seu gesto marcou o cristianismo. Foi
considerado pelo papa Pio XI o maior imitador de Cristo em sua época.
A partir daí viveu na mais
completa miséria, arregimentando cada vez mais seguidores. Fundou a Primeira
Ordem, os conhecidos frades franciscanos, em 1209, fixando residência com seus
jovens companheiros numa casa pobre e abandonada. Pregava a humildade total e
absoluta e o amor aos pássaros e à natureza. Escreveu poemas lindíssimos
homenageando-a, ao mesmo tempo que acolhia, sem piscar, todos os doentes e
aflitos que o procuravam. Certa vez, ele rezava no monte Alverne com tanta fé
que em seu corpo manifestaram-se as chagas de Cristo.
Achando-se indigno, escondeu
sempre as marcas sagradas, que só foram descobertas após a sua morte. Hoje, seu
exemplo muito frutificou. Fundador de diversas ordens, seus seguidores ainda
são respeitados e imitados.
Franciscanos, capuchinhos,
conventuais, terceiros e outros são sempre recebidos com carinho e afeto pelo
povo de qualquer parte do mundo.
Morreu em 4 de outubro de 1226,
com quarenta e quatro anos. Dois anos depois, o papa Gregório IX o canonizou.
São Francisco de Assis viveu na pobreza, mas sua obra é de uma riqueza jamais
igualada para toda a Igreja Católica e para a humanidade. O Pobrezinho de
Assis, por sua vida tão exemplar na imitação de Cristo, foi declarado o santo
padroeiro oficial da Itália. Numa terra tão profundamente católica como a
Itália, não poderia ter sido outro o escolhido senão são Francisco de Assis,
que é, sem dúvida, um dos santos mais amados por devotos do mundo inteiro.
Assim, nada mais adequado ter ele
sido escolhido como o padroeiro do meio ambiente e da ecologia. Por isso que no
dia de sua festa é comemorado o "Dia Universal da Anistia", o
"Dia Mundial da Natureza" e o "Dia Mundial dos Animais".
Mas poderia ser, mesmo, o Dia da Caridade e de tantos outros atributos. A data
de sua morte foi, ao mesmo tempo, a do nascimento de uma nova consciência
mundial de paz, a ser partilhada com a solidariedade total entre os seres
humanos de boa vontade, numa convivência respeitosa com a natureza.
Oração
Ó Deus, que fizestes de São Francisco de Assis assemelhar-se ao Cristo
por uma vida de humildade e de pobreza, concedei que, trilhando o mesmo
caminho, sigamos fielmente o vosso Filho, unindo-nos convosco na perfeita
alegria. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito
Santo. Amém.
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