Antífona da entrada: Vinde, benditos de meu Pai, diz o Senhor:
eu estava doente e me visitastes. Em verdade vos digo, tudo o que fizerdes ao
menor dos meus irmãos, foi a mim que o
fizestes. (Mt 25,34.36.40)
Isabel da Hungria era princesa,
foi rainha e se fez santa. Era a filha do rei André II, da Hungria, e da rainha
Gertrudes, de Merano, atual território da Itália. Nasceu no ano de 1207, e
naquele momento foi dada como esposa a Luís, príncipe da Turíngia, atual
Alemanha. Desde os quatro anos viveu no castelo do futuro marido, onde foram
educados juntos.
O jovem príncipe Luís amava
verdadeiramente Isabel, que se tornava cada dia mais bonita, amável e modesta.
Ambos eram católicos fervorosos. Luís admirava a noiva, amável nas palavras e
atitudes, que vivia em orações e era generosa em caridade com pobres e doentes.
A mãe de Luís não gostava da
devoção da sua futura nora, e tentou convencer o filho de desistir do
casamento, alegando que Isabel seria uma rainha inadequada politicamente. A
própria Corte a perseguia por causa de seu desapego e simplicidade cristã. Mas
Luís foi categórico ao dizer preferir abdicar do trono a desistir de Isabel.
Certamente, amava-a muito.
No castelo de Wartenburg, quando
atingiu a maioridade, foi corado rei e casou-se com Isabel, que se tornou
rainha aos catorze anos de idade. Ela foi a única soberana que se recusou a
usar a coroa, símbolo da realeza, durante a cerimônia realizada na Igreja.
Alegou que, diante do nosso Rei coroado de espinhos, não poderia usar uma coroa
tão preciosa. Foi assim que o então rei Luís IV acompanhou a seu desejo e
tornou-se rei sem colocar a sua coroa, também, diante de Cristo.
Foi um casamento feliz. Ele era
sincero, paciente, inspirava confiança e era amado pelo povo. Nunca colocou
obstáculos à vida de oração, penitência e caridade da rainha, sendo, ao
contrário, seu incentivador. Em Marburg, Isabel construiu o Hospital de São
Francisco de Assis para os pobres e doentes leprosos. Além de ajudar com seu
dinheiro muitos asilos e orfanatos, os quais visitava com freqüência.
Depois de seis anos, a rainha
Isabel ficou viúva, com três filhos pequenos. O rei Luís IV, participando de
uma cruzada, morreu antes de voltar para a Alemanha. A partir de então, as perseguições
da Corte contra ela aumentaram. A tolerância quanto à sua caridade e dedicação
religiosa acabou de vez. E o cunhado, para assumir o poder, expulsou-a do
palácio junto com os três reais herdeiros ainda crianças.
Isabel ingressou, então, na Ordem
Terceira de São Francisco e dedicou-se à vida de religião e à assistência aos
leprosos no hospital que ela própria havia construído. Quando os cruzados que
acompanhavam seu marido retornaram à Alemanha, ficaram indignados ao constatar
como a rainha viúva e os herdeiros haviam sido tratados. Conseguiram fazer a
viúva rainha Isabel reassumir o trono, que depois entregou ao seu filho, na
maioridade.
Isabel da Hungria faleceu no dia
17 de novembro de 1231, com apenas vinte e quatro anos de idade, em Marburg,
Alemanha. Quatro anos depois, em 1235, foi canonizada pelo papa Gregório IX. A
Ordem Franciscana Secular venera-a como sua padroeira na festa celebrada no dia
de sua morte.
Oração do dia
Ó Deus, que destes a santa Isabel da Hungria reconhecer e venerar o
Cristo nos pobres, concedei-nos, por sua intercessão, servir os pobres e
aflitos com incansável caridade. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na
unidade do Espírito Santo. Amém.