terça-feira, 11 de outubro de 2011

"De toda palavra inútil"

FALAR “COMO SE SE PRONUNCIASSE PALAVRAS DE DEUS”


1. Do Jesus que prega ao Cristo pregado


Na segunda carta aos Coríntios — que é, por excelência, a carta dedicada ao ministério da pregação —, São Paulo escreve estas palavras programáticas: “Não pregamos a nós mesmos, mas a Cristo Jesus como Senhor” (2Cor 4,5). Aos próprios fiéis de Corinto, em uma carta precedente, havia escrito: “Nós pregamos Cristo crucificado” (1Cor 1,23). Quando o Apóstolo quer abraçar com uma só palavra o conteúdo da pregação cristã, esta palavra é sempre a pessoa de Jesus Cristo!
Nestas afirmações, Jesus já não é contemplado — como ocorria nos evangelhos — em sua qualidade de anunciador, mas em sua qualidade de anunciado. Paralelamente, vemos que a expressão “Evangelho de Jesus” adquire um novo significado, sem perder, no entanto, o antigo; do significado de “gozoso anúncio trazido por Jesus (Jesus sujeito!)”, se passa ao significado de “gozoso anúncio sobre Jesus” (Jesus objeto!).
Este é o significado que a palavra “evangelho” tem no solene início da carta aos Romanos. “Paulo, servo de Cristo Jesus, apóstolo por vocação, escolhido para o Evangelho de Deus, que já havia prometido por meio de seus profetas nas Escrituras Sagradas, acerca de seu Filho, nascido da linhagem de Davi segundo a carne, constituído Filho de Deus com poder, segundo o Espírito de santidade, por sua ressurreição dentre os mortos, Jesus Cristo Senhor nosso” (Rm 1,1-3).
Há um ano foi publicada a Exortação Apostólica pós-sinodal Verbum Domini. Embora todos vocês já a tenham lida e meditada, lembro-lhes as três partes desenvolvendo os seguintes temas:

O Deus que fala
A resposta do homem a Deus que fala
A hermenêutica da Sagrada Escritura na Igreja
A palavra de Deus e a Igreja
Liturgia, lugar privilegiado da palavra de Deus
A palavra de Deus na vida eclesial
A missão da Igreja: anunciar a palavra de Deus ao mundo
Palavra de Deus e compromisso no mundo
Palavra de Deus e culturas
Palavra de Deus e diálogo inter-religioso.

Não pretendo apresentar um resumo, mas algumas considerações que acho práticas.


2. Palavras “inúteis” e palavras “eficazes”


No evangelho de Mateus, no contexto do discurso sobre as palavras que revelam o coração, existe uma palavra de Jesus que estremece os leitores do Evangelho de todos os tempos: “Mas eu vos digo que de toda palavra inútil e que os homens disserem, darão contas no dia do Julgamento” (Mt 12,36).
Sempre foi difícil explicar o que Jesus entendia por “palavra inútil”. Certa luz nos chega de outra passagem do evangelho de Mateus (7,15-20), onde volta o mesmo tema da árvore que se reconhece pelos frutos e onde todo o discurso aparece dirigido aos falsos profetas: “Guardai-vos dos falsos profetas, que vêm a vós disfarçados de ovelhas, mas por dentro são lobos ferozes. Por seus frutos os conhecereis...”.
Se o ditado de Jesus tem relação com o dos falsos profetas, então podemos talvez descobrir o que significa a “palavra inútil”. O termo original (argon), traduzido com “inútil”, quer dizer, portanto, “sem efeito”. Algumas traduções modernas usam o termo “infundada”, isto é, palavra que carece de fundamento, ou seja, calúnia. É uma tentativa de dar um sentido mais tranquilizador à ameaça de Jesus. Não há nada, de fato, particularmente inquietante se Jesus diz que de toda calúnia se deve dar contas a Deus!
Possíveis traduções: Palavra que não fundamenta nada, que não produz nada: portanto, vazia, estéril, sem eficácia (cf. M. Zerwick, Analysis philologica Novi Testamenti Graeci, Romae 1953, ad loc.). A Vulgata traduz verbum otiosum, palavra “ociosa”, inútil. É o que se encontra também hoje na maioria das traduções. [BdP: “inconsiderada”]
Não é difícil intuir o que quer dizer Jesus se compararmos este adjetivo com o que, na Bíblia, caracteriza constantemente a palavra de Deus: eficaz, que atua, sempre seguida de efeito. São Paulo, por exemplo, escreve aos Tessalonicenses que, tendo recebido a palavra divina da pregação do Apóstolo, eles a acolheram não como palavra de homens, mas como é verdadeiramente, como “palavra de Deus que permanece operante nos crentes” (cf 1Ts 2,13). A oposição entre palavra de Deus e palavra do homem se apresenta aqui, implicitamente, como a oposição entre a palavra“que atua” e a palavra “que não atua”, entre a palavra eficaz e a palavra vã e ineficaz.
Também na carta aos Hebreus encontramos este conceito da eficácia da palavra divina: “a Palavra de Deus é viva e eficaz” (Hb 4,12). Este conceito vem de longe; em Isaías, Deus declara que a palavra que sai de sua boca jamais volta a ele “vazia”, sem ter realizado aquilo para o que foi enviado (cf. Is 55,11).
A palavra inútil, da qual os homens terão de dar contas no dia do Juízo, não é, portanto, toda e qualquer palavra inútil; é a palavra inútil, vazia, pronunciada por aquele que deveria ao contrário pronunciar a “enérgica” palavra de Deus. É, em resumo, a palavra do falso profeta, que não recebe a palavra de Deus e, contudo, induz os demais a crerem que seja palavra de Deus. Ocorre exatamente ao inverso do que dizia São Paulo: tendo recebido uma palavra humana, ele a toma por palavra divina. De toda palavra inútil sobre Deus o homem terá que dar contas: eis aqui, portanto, o sentido da grave advertência de Jesus.
A palavra inútil é a falsificação da palavra de Deus, é o parasita da palavra de Deus. É reconhecida pelos frutos que não produz, porque, por definição, é estéril, sem eficácia (no bem). Deus “vela por sua palavra” (cf. Jr 1,12), tem ciúmes dela e não pode permitir que o homem se aproprie do poder divino nela contido.
O profeta Jeremias nos permite perceber a advertência que se oculta sob essa palavra de Jesus. Claramente se vê que se trata dos falsos profetas: “Assim diz Javé: Não escuteis as palavras dos profetas que vos profetizam. Estão vos enganando. Eles vos contam suas próprias fantasias, não coisas da boca de Javé... Profeta que tenha um sonho, conte o sonho; e o que tem uma palavra minha, que fale fielmente minha palavra. O que tem a palha em comum com o grão? — oráculo de Javé. Não é minha palavra como o fogo? E como um martelo que arrebenta a rocha. Pois bem, aqui estou eu contra os profetas — oráculo de Javé — que roubam um do outro minhas palavras” (Jr 23,16.28-31).


3. Quem são os falsos profetas


Como sempre, é de nós de quem se fala na Bíblia, e é a nós que se fala. A palavra de Jesus não julga o mundo, mas a Igreja; o mundo não será julgado sobre as palavras inúteis, mas será julgado por não ter acreditado em Jesus (cf. Jo 16,9). Os “homens que deverão prestar contas de toda palavra inútil” são os homens da Igreja; somos nós, os pregadores da palavra de Deus.
Os “falsos profetas” não são somente os que de vez em quando espalham heresias; são também os que “falsificam” a palavra de Deus. É Paulo quem usa este termo, tirando-o da linguagem cotidiana; literalmente significa diluir a Palavra, como fazem os hospedeiros fraudulentos, quanto colocam água no vinho (cf. 2Cor 2,17;4,2). Os falsos profetas são aqueles que não apresentam a palavra de Deus em sua pureza, mas a diluem e a esgotam em milhares de palavras humanas que saem do seu coração.
O falso profeta também sou eu, toda vez que não me fio da “fraqueza”, pobreza e nudez da Palavra e quero revesti-la. Estimo o revestimento mais que a Palavra, gasto tempo com o revestimento que com a Palavra não permanecendo diante dela em oração, adorando-a e começando a vivê-la em mim.
Jesus, em Cana da Galiléia, transformou a água em vinho, isto é, a letra morta no Espírito que vivifica (interpretação espiritual dos Padres); os falsos profetas são aqueles que fazem o contrário, ou seja, que convertem o vinho puro da palavra de Deus em água que não embriaga ninguém, em letra morta, em charlatanearia vã. Eles se envergonham do Evangelho (cf. Rom 1,16) e das palavras de Jesus, porque são muito “duras” para o mundo ou muito pobres para os grandes, e então tentam “temperá-las” com “fantasias do seu coração” afirma Jeremias.
São Paulo escrevia ao seu discípulo Timóteo: “Procura apresentar-te a Deus como homem provado, trabalhador que não tem de se envergonhar, que dispensa com retidão a palavra da verdade. Evita o palavreado vão e ímpio, já que os que o praticam progredirão na impiedade” (2Tm 2,15-16). As palavras (chiacchere) profanas são as que não têm pertinência com o projeto de Deus, que nada tem a ver com a missão da Igreja. Muitas palavras humanas, muitas palavras inúteis, muitos discursos, muitos documentos. Na era da comunicação em massa, a Igreja corre o risco de afundar na “palha” das palavras inúteis, ditas somente por dizer, escritas somente porque é preciso preencher jornais e revistas.
Desta forma, oferecemos ao mundo um ótimo pretexto para permanecer tranquilo em sua descrença e em seu pecado. Quando escutasse a autêntica palavra de Deus, não seria tão fácil, para o incrédulo, dar um jeito em tudo dizendo (como se faz frequentemente, depois de ter ouvido pregações): “Palavras, palavras, palavras! Bla, bla, bla”. São Paulo chama as palavras de Deus de “armas do nosso combate” e diz que só a elas “Deus dá a capacidade de destruir fortalezas, desfazer raciocínios presunçosos e todo poder altivo que se levanta contra o conhecimento de Deus, e torna cativo todo pensamento para levá-lo a obedecer a Cristo” (2Cor 10,3-5).
A humanidade está enferma de barulho, dizia o filósofo Kierkegaard (1813-1855); é necessário “convocar um jejum”, mas um jejum de palavras. [As nossas liturgias às vezes são muito barulhentas, e no barulho não se encontra Deus (cf. 1Rs 19,12)] Alguém tem de gritar, como fez um dia Moisés: “Fica em silêncio e escuta, ó Israel” (Dt 27,9). O Santo Padre nos recordou a necessidade desse jejum de palavras em seu encontro quaresmal com os párocos de Roma e acho que, como de costume, seu convite se dirigia à Igreja, antes ainda que ao mundo.


4. “Jesus não veio para contar frivolidades” (frottole)


Impressionam as palavras de Péguy:
“Jesus Cristo, pequeno meu,
— é a Igreja que se dirige a seus filhos —
não veio para nos contar frivolidades…
Não fez a viagem até a terra
para trazer adivinhações e brincadeiras.
Não teve tempo para divertir-se…
Ele não gastou sua vida…
para vir nos contar mentiras” (Ch. Péguy, Il portico del mistero della seconda virtù, in Oeuvres poétiques complètes, Gallimard 1975, pp. 587 s.).
A preocupação de distinguir a palavra de Deus de qualquer outra palavra é tal que, enviando seus discípulos em missão, Jesus manda que não saúdem ninguém pelo caminho (Lc 10,4). Experimento em minha própria carne que às vezes é preciso tomar este mandamento ao pé da letra. Deter-se a saudar as pessoas e trocar formalidades quando se vai começar uma pregação dispersa inevitavelmente a concentração sobre a palavra que há que anunciar, faz perder o sentido de sua alteridade a respeito de todo discurso humano. É a mesma exigência que se vive (ou se deveria viver) quando alguém está se paramentando para celebrar a Missa.
A exigência é ainda mais forte quando se trata do conteúdo da pregação. No Evangelho de Marcos, Jesus cita a palavra de Isaías: “Esse povo vem a mim apenas com palavras e me honra só com os lábios, enquanto seu coração está longe de mim e o temor que ele me testemunha é convencional e rotineiro” (Is 29,13); depois acrescenta, dirigindo-se aos escribas e fariseus: “Em vão me prestam culto, as doutrinas que ensinam são preceitos humanos” (Mc 7,7-13).
Quando não se chega a propor nunca a simples e nua palavra de Deus, sem que passe por um filtro de mil distinções, precisões, acréscimos e explicações, até justas, mas que consomem, diluem a palavra de Deus, faz-se o mesmo que Jesus reprovou aos escribas e fariseus: se “anula” a palavra de Deus, se a aprisiona, fazendo-lhe perder grande parte de sua força de penetração no coração dos homens.
A palavra de Deus não pode ser empregada para discursos de circunstâncias, ou para envolver de autoridade divina discursos já feitos e todos humanos. Em tempos próximos a nós, se viu aonde leva esta tendência. O Evangelho foi instrumentalizado para sustentar toda classe de projetos humanos: desde a luta de classes ate a morte de Deus.


5. Falar como que com as palavras de Deus [uma palavrinha aos presbíteros]


Esta conversa pode suscitar uma objeção grave. Então a pregação da Igreja terá que se reduzir a uma sequência de citações bíblicas, com indicações de capítulos e versículos, à maneira das Testemunhas de Jeová e de outros grupos fundamentalistas? Certamente, não. Nós somos herdeiros de uma tradição diferente. Explico.
Também na segunda carta aos Coríntios, São Paulo escreve: “Não somos como a maioria, que negocia com a Palavra de Deus; é antes, com sinceridade, como enviados de Deus, que falamos, na presença de Deus, em Cristo” (2Cor 2,17); e São Pedro, na primeira carta exorta os cristãos dizendo: “Se alguém fala, faça-o como se pronunciasse palavras de Deus” (1Pd 4,11). O que quer dizer “falar em Cristo” ou falar “como se pronunciasse palavras de Deus”? Não quer dizer repetir materialmente e só as palavras pronunciadas por Cristo e por Deus na Escritura. Quer dizer que a inspiração, o pensamento que “informa” e sustenta todo o demais deve vir de Deus, não do homem. O anunciador deve estar “movido por Deus” e falar como se fosse em sua presença.
Há duas formas de preparar uma pregação ou qualquer anúncio de fé oral e escrito. Posso primeiro sentar-me na mesa e escolher eu mesmo a palavra que há que ser anunciada e o tema a desenvolver, com base em meus conhecimentos, minhas preferências etc., e depois, uma vez preparado o discurso, ajoelhar-me para pedir fortemente a Deus que abençoe o que escrevi e dê eficácia a minhas palavras. Já é algo bom, mas não é a via profética: há que se fazer o contrário. Primeiro colocar-se de joelhos e perguntar a Deus qual é a palavra que quer dizer; depois, sentar-se na mesa e fazer uso dos próprios conhecimentos para dar corpo a essa palavra. Isto muda tudo porque assim não é Deus que deve fazer sua a minha palavra, mas sou eu que faço minha a sua palavra.
Há que se partir da certeza de fé de que, em toda circunstância, o Senhor ressuscitado tem no coração uma palavra sua que deseja fazer chegar a seu povo. É a que transforma as coisas e a que tem que ser descoberta. E ele não deixa de revelá-la a seu ministro, se humildemente e com insistência a pede. No princípio se trata de um movimento quase imperceptível do coração: uma pequena luz que se acende na mente, uma palavra da Bíblia que começa a atrair a atenção e que ilumina uma situação.
Verdadeiramente é “a menor de todas as sementes”, mas a seguir se percebe que dentro estava tudo; havia um trono como que para abater os cedros do Líbano. Depois a pessoa se põe na mesa, abre seus livros, consulta seus apontamentos, consulta os Padres da Igreja, os mestres, os poetas… Mas tudo já é outra coisa distinta. Já não se trata da Palavra de Deus a serviço de tua cultura, mas de tua cultura a serviço da Palavra de Deus.
Orígenes descreve bem o processo que leva a este descobrimento. Antes de encontrar na Escritura o alimento — dizia — é necessário suportar certa “pobreza dos sentidos”; a alma está rodeada de obscuridade por todos os lados, encontra-se em caminhos sem saída. Até que, de repente, depois de laboriosa busca e oração, eis aqui que ressoa a voz do Verbo e imediatamente algo se ilumina; aquele que ela buscava, sai a seu encontro “saltando pelos montes, pulando sobre as colinas” (Ct 2,8), isto é, abrindo-lhe a mente para que receba uma palavra sua, forte e luminosa (cf. Orígenes, In Mt Ser. 38 - GCS, 1933, p. 7; In Cant. 3 - GCS, 1925, p. 202). Grande é a alegria que acompanha este momento. Jeremias exclamava: “Ao encontrar tuas palavras, eu as devorava; tua palavra tornou-se meu gozo, e alegria para o meu coração” (Jr 15,16).
Habitualmente a respostas de Deus chega sob a forma de uma palavra da Escritura que, em contrapartida, nesse momento revela sua extraordinária pertinência à situação e ao problema que se deve tratar, como se tivesse sido escrito propositalmente para ele. Às vezes, não é sequer necessário citar explicitamente tal palavra bíblica ou comentá-la. Basta que esteja bem presente na mente de quem fala e informe tudo o que expressa. Agindo assim, fala, de fato, “como se pronunciasse palavras de Deus”. Este método vale sempre: para os grandes documentos do magistério como para as lições que o mestre dá a seus noviços, para a douta conferência como para a humilde homilia dominical.
Todos temos tido a experiência de quanto pode fazer uma só palavra de Deus profundamente acreditada e vivida, primeiro para quem a pronuncia; com frequência se constata que, entre muitas outras palavras, foi a que tocou o coração e levou a mais de um ouvinte ao confessionário.
Depois de haver indicado as condições do anúncio cristão (falar de Cristo, com sinceridade, como enviados de Deus e sob seu olhar), o Apóstolo se perguntava: “E quem é capaz para isto?” (2Cor 2,16). Ninguém está à altura. Levamos este tesouro em vasos de barro (Ib. 4,7). Mas podemos orar, dizendo: Senhor, tende piedade deste pobre vaso de barro que deve levar o tesouro de vossa palavra; preservai-nos de pronunciar palavras inúteis quando falamos de vós; fazei-nos experimentar o gosto de vossa palavra, para que a saibamos distinguir de qualquer outra e para que qualquer outra palavra nos pareça insípida. Difundi, como prometestes, fome na terra, “não fome de pão, nem sede de água, mas de ouvir a palavra do Senhor” (Am 8,11).

Pe. Raniero Cantalamessa, por ocasião da segunda pregação da Quaresma de 2008.

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