PARTE 4
Maria e Jesus Verdade, Caminho e Vida
O Bem-aventurado Alberione
explica a relação entre Maria Mestra e Jesus Mestre: “Jesus é Mestre enquanto é
Caminho, Verdade e Vida; e Maria é, portanto, Mestra porque tem santidade,
sabedoria, graça, vida. Jesus é o Mestre absoluto e único; Maria é Mestra
por participação, dependência e em relação a Jesus Cristo, assim como é
Co-redentora e Rainha por dependência e participação a Jesus Redentor e Rei”[1].
Se como discípula de Jesus
Verdade e Mestre Maria se torna Mestra, como discípula de Jesus Caminho e Rei
ela recebe o título de Rainha. E é importante notar que no caloroso ambiente da
devoção a Maria, na inauguração do Santuário Rainha dos Apóstolos, Alberione
indica uma missão social que podemos atribuir principalmente ao título de
Rainha. Título este que recebeu uma consagração
especial com a proclamação da festa de Maria Rainha, instituída por Pio XII no
ano mariano de 1954, mediante a encíclica Ad caeli reginam, publicada no
dia 11 de outubro.
Por uma
feliz coincidência nos fins de 1954 estava sendo acabada a construção do
Santuário-Basílica da Rainha dos Apóstolos em Roma, consagrado e aberto ao
culto no dia 30 de novembro.
Numa memorável hora de
adoração o Bem-aventurado Tiago Alberione entregou a Maria o Santuário como
agradecimento à Virgem pela proteção durante a guerra e fez esta oração:
“Tu, ó Maria,
tens uma missão social:
Primeiro:
santificaste uma casa, domicílio das virtudes doméstica; guarda a primeira
sociedade que é a família.
Segundo: deste
início à vida religiosa com o voto de virgindade e a observância de uma
perfeita obediência e pobreza: guarda a sociedade religiosa.
Terceiro:
carregaste nos braços a Igreja nascente, sociedade sobrenatural instituída pelo
teu Filho Jesus: guarda a Igreja.
Quarto: a ti
foi confiada a humanidade, da qual es mãe espiritual e que deve irmanar-se numa
sociedade supranacional: graças a Ti se unam os homens na verdade, caridade,
justiça: guarda a Sociedade das Nações.
Quinto: Em Jesus Cristo és a Mãe da civilização, que brota do Evangelho
e se realiza na obra da Igreja: guarda a verdadeira civilização”[2].
Como discípula de Jesus Vida e Sacerdote, Maria
recebe o título de Mãe, cuja função de maternidade inicia na Encarnação e é
proclamada no Calvário: “No Calvário, Maria nos gerou. O mistério da Encarnação
consuma-se no mistério da Redenção. Com a sua morte Cristo mereceu-nos
definitivamente a graça de vivermos de sua vida. O que era veio à luz. Por
conseguinte, assim como a nossa geração espiritual, iniciada no mistério da
Encarnação, consumou-se no mistério da Redenção; assim também a maternidade
espiritual de Maria, que começa em Nazaré, completou-se no Calvário; e lá foi
proclamada”.
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