PARTE 3
Maria
Discípula e Mestra
Para expor seu pensamento sobre o discipulado de
Maria, Alberione recorre a uma esplêndida pagina do livro Jesus Mestre,
do Padre João Roatta, ao falar da prova de sensibilíssima devoção ao Fundador
expressa no Santuário-Basílica Rainha dos Apóstolos, consagrado na conclusão do
Ano Mariano, em 1954:
“A
função da Virgem-Mãe é aquela de fazer nascer e formar gradualmente Jesus
também em todos aqueles que devem “tornarem-se conformes à imagem do seu
Filho”. Maria nos está diante como Mãe e Mestra, para nos oferecer um ensaio
maravilhoso de como se torna verdadeiros “discípulos” de Cristo, e para nos
guiar a construir a pessoa segundo a forma do Verbo.
Maria de fato é o exemplar suprimo do
discipulado, como nos afirma claramente Santo Agostinho: «Para Maria valeu mais
o ser discípula de Cristo do que o ser sua Mãe; foi para
ela coisa mais feliz o ser discípula sua do que ser Mãe. Por isso Maria era
bem-aventurada, porque também, antes de dá-lo à luz, havia carregado em seu
seio o Mestre».
É
um pensamento que será amplamente desenvolvido por São Bernardo, para nos guiar
a estudar as admiráveis disposições da “discípula” perfeita do Altíssimo.
Exemplar
perfeito do “discipulado”, Maria se torna o exemplar perfeito do “magistério”
ao lado do seu Filho Jesus. Há uma viva relação entre Maria Santíssima e o
Mestre da humanidade. Tornada Mãe de Cristo, após ter sido sua “discípula”
perfeitíssima, ela se tornou por sua vez Mestra de Cristo, segundo a bela
expressão de Santo Efrém: «Ave, ó Maria, que educaste o Cristo comunicador da
vida, o Cristo misericordiosíssimo criador e formador de todo o mundo».
Na
história pedagógica universal não há nada de mais belo que esta reciprocidade
divino-humana, pela qual o eterno Mestre formou para si a Mãe, admirável
discípula, para que ela pudesse educá-lo para a forma humana, na qual deveria
mostrar-se como Mestre perfeito dos homens.
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