segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Pelas mãos de Maria, encontramos Jesus

Maria é, pois, Rainha. Mas saibamos todos, para consolação nossa, que é uma Rainha cheia de doçura e de clemência, sempre inclinada a favorecer e fazer bem a nós pobres pecadores. Quer por isso a Igreja (...) que a saudemos com o nome de Rainha de Misericórdia. O próprio nome de Rainha (...) denota piedade e providência para com os pobres, enquanto que o de imperatriz dá ares de severidade e de rigor. A magnificência dos reis e das rainhas consiste em aliviar os desgraçados (...). Enquanto que os tiranos governam tendo em vista apenas seu interesse pessoal, devem os reis procurar o bem de seus vassalos. Por isso, na sagração de reis se lhes unge a testa com óleo. É o símbolo da misericórdia e benignidade de que devem estar animado para com seus súditos.

Devem, pois, os reis principalmente empregar-se nas obras de misericórdia, mas sem omitir, quando necessária, a justiça para com os réus. Não assim Maria. Bem que seja Rainha, não é rainha de justiça, zelosa do castigo dos malfeitores. É Rainha de Misericórdia, inclinada só à piedade e ao perdão dos pecadores. Por isso, quer a Igreja que expressamente lhe chamemos Rainha de Misericórdia. (...)

Podemos temer por ventura que Maria desdenhe empenhar-se pelo pecador, por vê-lo tão carregado de pecados? Ou nos devem intimidar a majestade e a santidade desta grande Rainha? (...) Porque quanto ela é mais excelsa e mais santa, tanto é mais doce e mais piedosa para com os pecadores, que se querem emendar e a ela recorrem. Nela nada há de terrível nem de severo. É toda benigna e amável para com os que a procuram.



Santo Afonso Maria de Logório, Glórias de Maria. Editora Santuário, p. 36 e 39

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